O Cão d'Água Português é um cão muito utilizado como ajudante dos pescadores, para os quais puxava as redes de pesca. Excelente nadador e mergulhador, era utilizado na função de 'retriever', ou recuperador.
Na década de 60, sofreu grande baixa em sua população, chegando ao ano de 1960 com apenas cerca de 50 exemplares. Hoje em dia é mais utilizado como cão de alarme e companhia.
Na década de 70, o Guiness Book, atribui-lhe o título da raça canina mais rara do mundo. Felizmente, criadores de várias partes de Portugal empreenderam um grande esforço e salvaram a raça da extinção.
O pêlo é tosado no quarto traseiro, até quase à ponta da cauda, ficando uma pluma característica. Esta raça tem ainda a particularidade de possuir uma membrana interdigital muito desenvolvida que lhes permite uma melhor adaptação ao meio aquático e assim nadar melhor. Supõe-se que seja um dos ancestrais do Poodle.
O Cão d'Água Português possui duas variedades de pelo, uma com o pelo comprido e ondulado e outra com o pelo mais curto e crespo. Não possui sub pêlo. As cores aceitas são o branco, preto, castanho ou malhado.
É um cão de porte médio (altura 43-57cm e peso 16-25Kg), de constituição robusta e ágil. Apesar de ser utilizado principalmente para a função de companhia e como cão de exposição, em diversos locais como Portugal e Estados Unidos, amantes da raça realizam provas práticas que testam a aptidão deles à sua função original.
CÃO D´Água Poruguês - Cinofilia
APARÊNCIA GERAL: cão de proporções médias, de contorno ligeiramente convexo
com tendências para o retilíneo, tipo bracóide. Tipo mediolíneo, bem balanceado,
robusto e bem musculoso. Notável desenvolvimento muscular devido ao constante
exercício da natação.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: um cão de excepcional inteligência,
compreende e obedece facilmente com alegria a todas as ordens do seu dono. Cão de
temperamento ardente, voluntarioso e altivo, sóbrio e resistente à fadiga. Tem a
expressão dura e um olhar penetrante e atento. Possui grande poder visual e apreciável
sensibilidade olfativa.
CABEÇA: bem proporcionada, grande e larga.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: visto de perfil, o seu comprimento é ligeiramente mais longo do que o focinho.
A sua curvatura é mais acentuada posteriormente e a crista occipital é pronunciada.
Visto de frente os parietais têm a forma abobadada com leve depressão central, a
fronte é ligeiramente escavada, o sulco frontal prolonga-se até dois terços dos parietais
e as arcadas superciliares são proeminentes
Stop: bem definido e situado um pouco atrás do canto interno dos olhos.
Trufa: narinas largas, abertas e de fina pigmentação. De cor preta nos exemplares de
pelagem preta, branca e suas combinações. Nos castanhos, a cor segue a tonalidade
da pelagem. Nunca deve ser cor de carne.
Focinho: mais estreito na trufa que na base.
Lábios: grossos, especialmente na frente. Comissura não aparente. Mucosa bucal (céu
da boca, debaixo da língua e gengivas) acentuadamente pigmentada de preto.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes, nem prognatismos superior nem inferior. Dentes
bons e não aparentes. Caninos fortes e desenvolvidos.
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Olhos: regulares, aflorados, arredondados, afastados e levemente oblíquos. A coloração
da íris é preta ou castanha e as pálpebras, que são finas, orladas de preto. Conjuntiva
não aparente.
Orelhas: inserção acima da linha dos olhos, colocadas contra a cabeça, levemente
abertas para trás e cordiformes. Leves e a sua extremidade nunca ultrapassa a garganta.
PESCOÇO: reto, curto, bem arredondado, musculoso, inserido alto e livre; ligandose
aos ombros de forma harmoniosa. Sem colar, nem barbela.
Cernelha: larga e não saliente.
Dorso: reto, curto, largo e bem musculoso.
Lombo: curto e bem unido à garupa.
Garupa: bem conformada, levemente inclinada; ancas simétricas e pouco aparentes.
Peito: largo e profundo. O seu bordo inferior deve tocar o plano do cotovelo. As
costelas são compridas e regularmente oblíquas, proporcionando grande capacidade
respiratória.
Abdômen: reduzido volume e elegante.
CAUDA: inteira, grossa na raiz e afinando para a ponta. Inserção média. O seu
comprimento não deve ultrapassar o jarrete. Quando o cão está atento, enrola-se em
anel, não ultrapassando a linha média do lombo. A cauda é de grande ajuda quando
nadando e mergulhando.
MOVIMENTAÇÃO: movimentos desembaraçados, passo curto, trote ligeiro e
cadenciado, galope enérgico.
Pêlos: todo o corpo se encontra abundantemente revestido de pêlo resistente. Há duas
variedades de pêlos: uma longa e ondulada e outra mais curta e encaracolada.
Na primeira variedade o pêlo longo é bastante macio com um leve brilho; na segunda,
o pêlo curto é denso, sem brilho e com formas compactas de cachos cilíndricos.
A exceção das axilas e virilhas os pêlos distribuem-se por igual em todo o corpo. Na
cabeça tomam o aspecto de tufos, na pelagem ondulada, e encaracolada na outra
variedade. Na variedade de pêlo longo, o pêlo das orelhas é decididamente mais longo.
COR: a coloração da pelagem é simples ou composta: na pelagem simples pode ser
branca, preta ou marrom em todas as suas tonalidades; a pelagem composta mostra
misturas de preto ou castanho com o branco. A pelagem branca deve existir sem
albinismo, pelo que a trufa, bordos palpebrais e interior da boca devem ser pigmentadas
de negro.
Nos exemplares onde entram as cores preta e branca a pele é ligeiramente azulada. É
característica nesta raça a tosa parcial da pelagem, quando esta se torna muito comprida.
A metade posterior do corpo, o focinho e a cauda são tosquiados, ficando, todavia,
nesta, uma pequena borla na ponta.
TAMANHO / PESO
• nos machos a altura típica é de 54 cm, admitindo-se à classificação um mínimo de
50 cm e um máximo de 57 cm.
• nas fêmeas a altura deve ser de 46 cm, com o mínimo e máximo respectivamente
de 43 a 52 cm.
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