O Perdigueiro Português é um cão que teve sua origem nos antigos Pointers da península ibérica e sua presença em Portugal é datada do século XIV. O primeiro padrão da raça foi elaborado na década de 30.
Acredita-se que seja uma das raças que deram origem aos Pointers modernos, como o Pointer Inglês. Ainda exerce sua função original na caça, sendo um cão de aponte e recuperação da peça abatida. Apesar de suas qualidades na função, sofreu um forte impacto no início do século XIX com a introdução das raças estrangeiras como os Setters e o próprio Pointer Inglês.
Como todo cão de caça, tem um temperamento dócil e bastante apegado aos donos.
merece o ato de caçar. Trabalhador sagaz, em desinteressada e imprescindível colaboração com o caçador desportivo, com o qual deve andar próximo e em perfeito contato; silenciosamente, age com natural vivacidade, cabeça alta, tomando ventos, de maneira a revelar ao caçador experiente, pelas suas atitudes e olhares, posição da cauda e ainda pela forma como anda, as impressões sentidas pela sua acuidade olfativa.
O bom perdigueiro denota sempre uma acentuada vontade de bem servir, com
inteligência e, às vezes, até com uma surpreendente e astuciosa habilidade. É um cão
que fica estático quando os eflúvios da caça lhe despertam a atividade sensorial.
CINOFILIA
APARÊNCIA GERAL: tipo mediolíneo, proporcionalmente construído e de conjunto
harmonioso. Boa configuração, denotando uma sólida estrutura, aliada à manifesta
elasticidade de movimentos.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: é um cão extremamente afetivo;
muito submisso, chegando a ser inoportuno e por vezes inconveniente quando, por
falta de treinamento, não obedece a gestos nem às ordens verbais. Animal bastante
sociável, mas um tanto petulante para seus semelhantes. É gracioso de aparência,
calmo de temperamento, mas vivaz e de interessante expressividade nas atitudes.
CABEÇA: de tamanho proporcional em relação ao corpo; dá-nos, no entanto, pela
forma que se apresenta, a impressão de maior grandeza, quando apreciada numa visão
de conjunto. É um pouco grossa, mas não muito ossuda nem carnuda; deve ser revestida
de pele flácida e fina que não enrugue ou, quando as rugas aparecerem, que sejam
pouco acentuadas.
Vista de frente, a cabeça dá a impressão de ser quadrada, retilínea de perfil; de stop
bem visível (ângulo crânio-facial perto dos 100°) e desigualmente situado em relação
ao occipital e à ponta do focinho, visto estar mais próximo desta. Cabeça bem colocada
e em boa união com o pescoço, o que lhe permite movimentos fáceis e até elegantes.
De boa conformação e proporcionalmente harmônica nas suas dimensões; a cabeça,
vista de frente, apresenta, segundo uma linha ideal que a contorne e passe ao nível dos
ângulos internos dos olhos, uma nítida separação do focinho e das regiões crâniofaciais.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: vista de frente, a testa é quase plana, alta, larga e simétrica. Vista de perfil,
apresenta-se ligeiramente abaulada. Crista occipital apenas perceptível.
Stop: bem visível (ângulo crânio-facial perto dos 100°); sua posição é desigual em
relação ao occipital e à ponta da cana nasal, da qual está mais perto.
REGIÃO FACIAL
Trufa: forma um retângulo perfeito com a cana nasal e o lábio superior. As narinas
devem ser largas, bem abertas e de bom contorno. Sua cor deve ser preta nos animais
cuja pelagem seja de cor de camurça ou cores semelhantes; preferivelmente de marrom
claro ou marrom escuro em cães de pelagem marrom, a trufa sempre mais clara do que
a pelagem.
Focinho: cana nasal reta, com largura adequada e plana em todo o seu comprimento.
A conexão com a face é bem marcada.
Lábios: de tamanho moderado. Mucosas irregularmente pigmentadas. Os lábios
superiores são pendentes, mas não em demasia; pouco carnudos; quadrados, vistos de
perfil; caindo naturalmente, sem dobras, e unindo-se aos lábios inferiores por comissura
facial, de onde resulta os cantos da boca apresentarem-se um pouco pendentes.
Maxilares / Dentes: uma dentição normal deve sempre existir em posição, constituição,
forma e crescimento dos dentes, para que sempre que o cão feche a boca, os maxilares
bem adaptados e desenvolvidos se encontrem em uma mordedura correta.
Olhos: íntegros, iguais e simétricos; grandes, castanhos em diversos tons, mas de
preferência escuros; de forma oval, horizontais, situados à flor da cabeça, enchendo
bem a órbita; pálpebras finas e bem abertas, movimentando-se facilmente e fechando
bem. Bem pigmentados nas bordas de preto ou marrom, segundo a coloração da trufa.
Há vivacidade no olhar, que é bem expressivo no animal adulto. Supercílios
proeminentes, mas não em excesso, o que tornaria a cabeça ossuda.
Orelhas: de comprimento médio (15 cm de comprimento e 11 cm de largura); as
orelhas devem ser delgadas, macias, revestidas de pêlos finos, densos e rasos; muito
mais largas na base do que na ponta, numa relação aproximada de 1x2,5 com a ponta
arredondada assemelhando-se, pela forma do pavilhão, a um triângulo de base superior.
São pendentes, de superfície quase plana, de alta inserção, caindo bem e paralelas
entre si e apresentando na face externa, quando o animal está atento, um ou dois
pequenos sulcos longitudinais, de profundidade e comprimento variáveis, mas nunca
muito acentuados.
PESCOÇO: reto; em sua parte superior, ligeiramente arqueado; não muito grosso,
mais para comprido, e guarnecido inferiormente de barbela curta. O pescoço deve
ligar-se à cabeça de uma maneira elegante seguindo uma inclinação de aproximadamente
90°. Sua união com o tórax deve ser sem apreciável transição, de modo a fazer um
conjunto harmônico e perfeito.
TRONCO
Cernelha: moderadamente alta e ligeiramente carnuda.
Dorso: curto, reto, largo, perfeitamente horizontal; unindo-se de maneira uniforme
com o lombo.
Lombo: curto, largo, bem musculoso, ligeiramente arqueado e em perfeita união com
a garupa.
Garupa: de contorno harmonioso, em boa proporção com o lombo. Seu eixo
longitudinal é de pequena obliqüidade, que dá a impressão de ser ligeiramente caída.
Peito: profundo e largo, indicando boa amplitude de tórax, que deve ser mais
desenvolvido no sentido da altura e profundidade do que em largura, e deve também
descer até o cotovelo.
CAUDA: em geral cortada pelo terço posterior. Quando inteira, não deve ultrapassar
o jarrete, sendo até preferível não atingi-lo. Reta, de média inserção, grossa na base,
afinando gradualmente, mas não muito, para a ponta. Bem inserida, bem desenvolvida,
em perfeita continuidade com a linha da garupa; a linha da cauda deve contribuir com
a elegância da silhueta corporal. Quando o cão está em repouso, a cauda se apresenta
pendente, caindo com naturalidade ao longo das coxas, mas nunca metido entre as
pernas. Em movimento, a cauda levanta-se, atingindo a horizontal, ou até um pouco
mais alto, mas nunca vertical, nem se curvando em foice. Ainda, sobre o ponto de
vista dinâmico, o cão quando caça movimenta a cauda de lado a lado, perfeitamente
sincronizada com seu passo.
MOVIMENTAÇÃO: a movimentação típica é o trote; larga, fácil, rítmica, levantando
bem os membros e pousando rítmica e alternadamente os membros diagonais direito e
esquerdo; primeiro a perna direita e a perna esquerda posterior, os dois outros
permanecem elevados; depois a perna dianteira esquerda e a perna posterior direita,
enquanto os outros ficam suspensos.
PELAGEM
Pêlo: curto, forte, bem assentado, pouco macio e denso. Distribuído naturalmente por
todo o corpo e quase por igual, exceto nas axilas, virilhas e partes genitais, onde é
mais ralo e suave. O pêlo é também mais fino e raso na cabeça e principalmente nas
orelhas, onde é mais suave no tato dando a impressão de serem aveludados. Não tem
subpêlo.
COR: amarelo e marrom, unicolor e com manchas brancas.
TAMANHO / PESO
altura na cernelha: para os machos: 56 cm.
para as fêmeas: 52cm.
com uma tolerância de 4 cm para mais ou para menos.
PESO: o peso médio para os machos adultos, em bom estado de apresentação, é de
23,5 kg; para as fêmeas, em igual estado, é de 19 kg.
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